domingo, 27 de outubro de 2013

As despedidas começaram...

Depois de um fim de semana delicioso com minhas amigas baianas, um bom banho de mar para tirar as urucubacas e a visita a Tia Grace e Tio Victor em Salvador, iniciei discretamente as minhas despedidas por aqui... 

Primeiro com a Ellen e a Eliane na sexta e ontem com as conguitas especiais!!!
Sempre tive vontade de conhecer Inhotim e nunca dava certo... 
Resolvido com a Alle e convencendo Grazi e Jhana a irem conosco não tinha como não ser bom...

A sensação de visitar o maior museu aberto da América Latina, em Minas Gerais, não difere em nada em estar no Hide Park, em Londres ou no Central Park em Nova Iorque. Tudo muito limpo, organizado, com os monitores super educados, dispostos a nos dar informações e a nos apresentar a mais pura arte.
Tudo isso com o clima brasileiro, com sol, com jabuticabas nos pés, com passarinhos e borboletas incrivelmente lindos e uma magnífica paisagem verde contrastando com o céu azul! 
Visitem Inhotim... Só vendo pra crer.
"Sou do mundo, sou Minas Gerais..."






sexta-feira, 25 de outubro de 2013

E as coisas estão acontecendo...

Hoje começo a contagem regressiva para deixar BH. 
Daqui há um mês irei com meus pais para Macaé, RJ, para comemorar o aniversário do meu irmão Victor e me despedir dele, da Luana e da Gigi.
Ontem tivemos a confirmação da chegada da Giovanna, em Abril/2014...
Estou muito feliz por eles (papais) e por nós também!
Os documentos para o visto, "pelo visto", chegaram a Brasília... Agora é esperar mais um pouco...


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Documentos completos!

"Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. 
Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja. 
Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é. 
As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. 
Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos. Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. 
Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados. 
Felicidade não é sobre quem grita mais alto; É sobre quem sorri mais fundo."
— Clarissa Corrêa


Hoje estou feliz depois de um dia exaustivo de trabalho... Os documentos estão completos e foi dada a largada para o visto de estudante na Austrália! 
O FDS com Tat, Paulinha, Cris e Bel na Bahia foi ótimo e pode ter sido a minha despedida delas por um tempo... Estar com tia Grace, tio Victor e Dênia também me confortou o coração... É sempre muito bom estar com quem amo e saber que também sou amada!
Os dias que virão serão decisivos para a minha "mudança"... e que ela venha de fato!
Em cima, da esquerda para a direita: Tat, Cris, eu, Bel e Paulinha. 
Embaixo: Dênia, Tia Grace e eu. <3

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

E eu?


Eu sinto falta de muitas coisas. 
Coisas que vivi e mal vi passar, coisas que aos poucos fui deixando e esquecendo pelos cantos, coisas, que de tão raras, foram tiradas de mim. 
São lugares, momentos, pessoas, anos e dias inteiros que me apertam o peito. 
Fases pelas quais nunca mais passarei, ruas de pedra por onde nunca mais andarei. 
E eu sinto tanto! 
Sinto por ter que deixar tanta vida para o espaço. 
Mas todo mundo um dia o faz. Todo mundo deve abrir mão, alguma vez na vida. 
É o custo desse tempo aqui no mundo: ter que deixar centenas de coisas que um dia já foram importantes para você. Desde os sonhos às rotinas boas. Desde àquilo que não fizemos. O tempo perdido, a palavra não dita, o dia de chuva que não nos molhamos. Devemos abandonar, hora ou outra. E minha hora chegou. 
A cada dia que passa me sinto deixando uma vida inteira de presente ao universo. 
Sei que poucas coisas voltarão. Sei que de muitas sentirei falta. Mas, afinal, estou pagando o preço que se paga por crescer. 
Quando, lá pelos meus 9 anos, eu achei que ser adulta era poder ter tudo aquilo que se quer, eu estava enganada. Ser adulta é muito mais sobre a renúncia. 
Cada ano que passa, mais coisas se perdem. 
E quem é que para no meio da rua para nos esperar, como faziam os nossos pais enquanto amarrávamos os sapatos? 
O mundo pelo menos não. 
Preparados ou não, ele continua girando… 
E a  gente que se segure!

Uma saudade: a rua da minha casa... em Pedra Azul, MG.
E todas as lembranças que ela me traz...


domingo, 6 de outubro de 2013

A espera é difícil...

Só fecho os olhos e espero. 
Porque a espera é um dom, e a paciência é a virtude que tento aprender. 
Eu só busco manter a mente ocupada nos poucos momentos em que posso deixá-la livre, para que assim pensamentos ruins ou devaneios não me invadam naturalmente. 
Deixo tudo com o tempo, o alinhamento dos planetas, a sorte, os ventos. 
Já sou lotada de preocupações básicas e, do resto, o universo cuida. 
Em todos esses anos aprendi que o que é nosso ninguém tira. O que tiver que acontecer, acontecerá de qualquer jeito. Podem tentar burlar, jogar pregos no caminho, me fazer tropeçar. Pode demorar o tempo que for, o que é para ser, sempre será. 
E é por isso que eu aguardo por aquilo que não posso alterar ou fazer valer. 
Espero por aquilo que, no momento, minhas mãos não alcançam. 
Eu só… fecho os olhos e abro o peito. 
E espero, com toda a fé do mundo, a minha hora para tudo.
E eu sei que ela vai chegar!

(a foto é antiga, mas eu gosto muito. Em Tiradentes,MG)



sábado, 5 de outubro de 2013

Sonho meu...

Ainda é cedo... Estamos no início de outubro e a previsão para a minha viagem para Sydney é só no final de Janeiro. Ainda não sei se vai dar certo, mas enquanto espero, faço deste Blog um amigo com o qual posso me abrir e dividir a minha ansiedade...


No início deste ano, me bateu uma vontade muito grande de passar um tempo fora do Brasil. Queria conhecer novas culturas, dar um tempo na minha profissão e na forma como minha vida estava. Para isso, comecei a pesquisar opções de estudo e trabalho no exterior. Histórias como a minha são normais. A verdade é que eu nunca conheci uma pessoa que estivesse plenamente satisfeita com a rotina e o trabalho. Nunca mesmo.  É que nossa lógica de trabalho de 9 às 18h, mais horas extras, mais cobranças, mais falta de tempo para tudo, é massacrante. É muito difícil ser feliz assim.
Uma forma de solucionar isso pode ser o ano sabático. O termo é de origem judaica e significa “dia do descanso”. Além do sétimo dia da semana, reservado para o descanso, a cada ciclo de sete anos os judeus ficavam um ano inteiro sem trabalhar. Esse ano sabático servia para que a terra pudesse descansar depois de seis anos de colheita ininterrupta. Todo mundo estava liberado das responsabilidades: até mesmo as dívidas eram perdoadas. (Já pensaram se isso ainda valesse e aqui no Brasil?)
A sociedade incorporou esse termo e hoje é até comum que profissionais tirem um ano (ou mais, ou menos) para executar projetos pessoais, se distanciar da rotina e repensar vidas e carreiras. Nem todo mundo quer isso ou nem todo mundo sabe que precisa disso.
Tirar um ano de folga da sua vida não significa necessariamente estar de folga. Mas se a ideia é que você descanse a cabeça e repense sua vida, qual a lógica de planejar tão meticulosamente seus dias de descanso?
Pedir demissão não é o fim do mundo. Quando você voltar, pode ter repensado toda a sua vida e a forma como quer ganhar dinheiro para sobreviver. Você pode querer abrir um negócio próprio (não, melhor não!!!) ou investir numa carreira diferenteOu você pode querer se recolocar no mercado. Nesse caso, você tem todo um ano de experiências e ideias acumuladas para colocar no currículo, ideias que servirão de assunto na hora de conversar com entrevistadores. É o que eu penso e no que eu acredito.
Tomada a decisão, foi comunicar aos meus pais, aos mais íntimos da minha família e a alguns amigos. Por enquanto está tudo caminhando...
Obrigada Pai, Mãe, Tia Grace, Tio Victor, Ana Maria, Jerusa, Walter, D.Yvane, Xinha, Grazi, Jhana, Allê, Paulinha e Larissa. Vocês estão comigo desde o início... E tenho certeza que irão até o final!
Agora é esperar pra ver! E ver pra crer...



Só sei que sou assim...

Há 42 anos me conheço, no entanto sei pouco sobre mim. 
Levamos uma vida inteira para tentar nos entender e, ainda assim, pouca gente se encontra no final. 

Nasci em Pedra Azul, no interior de Minas Gerais e cresci subindo nas árvores no quintal do vizinho. Meu sonho era ter uma casa entre os galhos da mangueira. Mesmo hoje, com essa vida louca, trabalhando muito e sabendo me virar mil vezes mais, meu amor por natureza e meu sonho da casa na árvore não morreu. Porque, de todas as fases da vida, infância deve sempre coexistir com juventude ou velhice. É isso que não me permite me perder de quem eu sou em essência. 

Meus olhos são da cor castanho-sem-graça mas, mais importante que a cor, é a forma como costumo enxergar com eles: da forma mais positiva do mundo. Aprendi com a vida que tudo, absolutamente tudo, tem um lado bom e uma necessidade imensa de acontecer. A vida é inteira interligada e coisas boas só acabam porque existem coisas melhores para acontecer. 

Crer é minha palavra favorita no dicionário porque vai muito além de um significado escrito. Crer é o primeiro passo para nos tornar capazes do que quer que seja. Já me mudei de cidade e, nessas idas e vindas, descobri que poucos amigos realmente ficam. A vida é feita de fases e poucas coisas sobrevivem a elas. Mas descobri também que isso não é ruim, é necessário. Tudo acontece da maneira como deve acontecer para que possamos crescer e formar nosso caráter. 

Descobri também que amor é o que há de mais importante no mundo. Amor é capaz de acabar com as guerras, desarmar homens e curar doenças, mas, infelizmente, está em falta no mercado. Entretanto, percebi que este não pode ser comprado ou emprestado. Amor vem de dentro e deve ser cultivado, regado e cuidado como a mais bela rosa. Acontece que, como todas as rosas, também possui espinhos que cortam muito mais do que as pontas dos dedos. É preciso saber lidar. Saber amar. Saber ver de outro ângulo: Na verdade, são os espinhos que possuem rosas. Entende? Esta é minha filosofia. 

Todos os dias tento ser melhor porque acredito que tenho força, tenho coragem e, especialmente, bondade em mim. E que isso tudo deve ser desenvolvido a cada dia para que, ao final da vida, eu possa dizer enfim: valeu a pena. Porque vale, meu amigo, vale… "tudo vale a pena se a alma não é pequena". E garanto, com vigor, que a minha é das maiores: guardo tudo dentro de mim feito gaveta de memórias. Tenho dores que insistem em latejar quando chove forte. Mas, acima de tudo, tenho alegrias que me trazem de volta à superfície todas as vezes em que me encontro sem ar.

Ouço músicas calmas porque sou agitada e acredito em seu poder de me trazer mais paz. Tenho buscado não fazer nada que não me agrade e não me adicione nada de bom na vida. 

Já me perguntaram diversas vezes se sou sempre assim feliz e educada… e a resposta é não. Não mesmo. Sou humana, cometo erros. É normal, é óbvio, é do ser humano. Perdoo, apesar de não esquecer. Finjo não lembrar de outras coisas para não prejudicar minha convivência com ninguém. E trato todo mundo como gostaria de ser tratada, sem nunca agir com falsidade. Quando não gosto, faço cara feia, admito. Não gosto de gente grossa, conversas fúteis, quem procura só por interesse, quem leva tudo muito a sério. Sei que às vezes pareço séria, mas a verdade é que não consigo levar uma conversa boa sem fazer alguém rir. Estou sempre sorrindo: aprendi que é assim que se atrai coisas boas. 

Acredito também em energias negativas e saio de perto de quem sinto clima pesado. Eu acredito em coisas que ninguém acredita e pessoas que ninguém confia. Eu tenho um sexto sentido quase místico: vejo muito além da capa, das intenções, dos fatos. E eu sei que agora você pode me achar uma louca varrida mas, acredite, não sou… sou só muito sensível à tudo. Felicidade é exagerada em mim e tristeza também. Vejo mais do que o normal nas pessoas. O meu sonho é mudar o mundo. Eu quero ser útil, entende? 

Eu acredito que não nasci à toa, ninguém nasceu. Eu quero fazer diferente, ser diferente, porque acho que é o que falta no mundo… alguém que saia dos padrões normais. Atualmente, me contento em fazer a diferença na vida de alguém. 

Minha saudade tem muitos nomes e muitos motivos: Desde minhas avós que agora vivem no céu, até meus pais e meu irmão que vivem tão longe de mim. Talvez seja por isso que eu acredite nas coisas simples… O amor é simples. 

Ainda que eu morra de medo de tudo, eu creio e, assim, sei que posso.
Todos somos capazes. 
Me chamo Cristina e deixo aqui o meu muito obrigada a você que leu.

Meus amores... Muito obrigada por tudo!!!